Contos da Noite

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Descobrindo Mais Sobre os Anjos


As referências aos Anjos, na Bíblia, surgem cento e oito vezes no Velho Testamento e cento e setenta e cinco, no Novo, sendo que dessas, um total de setenta e duas aparecem no Apocalipse. O fato mais importante a ressaltar, no entanto, é que no Novo Testamento, além de citações pelo próprio Jesus Cristo, os anjos aparecem servindo-o, como após sua tentação pelo diabo, na passagem do deserto, conforme Mateus 4:11. Além dessa passagem, outra intervenção direta é na ressurreição de Jesus, com a da pedra que fechava o sepulcro, quando um anjo desceu do céu, removendo-a, conforme revelado em Mateus 28:2. Os outros evangelistas citam igualmente a participação dos Anjos, durante o ministério de Cristo, como Lucas 1:11, Marcos 1:13 e João 1:51, além de surgirem também nas Cartas dos Apóstolos e nas revelações do Apocalipse, onde são mencionados já no início do texto. Durante os séculos, estudiosos se debruçaram sobre as Sagradas Escrituras, buscando estabelecer a correta relação dos Anjos com Deus e seu papel em relação à Humanidade, como Eusébio de Cesaréia, Atanásio, Basílio Magno, Ambrósio de Milão, Jerônimo, João Crisóstomo, Cirilo de Jerusalém, Cirilo de Alexandria, Agostinho e Dionísio. Este, inclusive, que realizou seus estudos por volta do início do século VI, foi quem estabeleceu a divisão dos Anjos em três classes, ou ordens, subdivididas, por sua vez, em outros três níveis. Essa divisão é aceita até hoje e se caracteriza por determinar a posição de cada Anjo em relação a Deus e aos homens. A primeira Ordem, por exemplo, estaria mais próxima de Deus e mais distante dos homens. A segunda, seria uma intermediária dessa três ordens, já que a terceira estaria mais próxima dos homens e mais afastada de Deus, mas não menos qualificados para intermediar as relações entre esses dois planos, o de Deus e o do homem. Segundo Dionísio, esta é a hierarquia dos Anjos até hoje aceita:Primeira Ordem: Primeiro Coro - Serafins - Príncipe: Metatron - Planeta Netuno Segundo Coro -Querubins - Príncipe: Raziel - Planeta Urano Terceiro Coro - Tronos - Príncipe: Tsaphkiel - Planeta SaturnoSegunda Ordem: Dominações ou Soberanias - Príncipe: Tsadkiel - Planeta Júpiter Potências ou Potestades - Príncipe: Camael - Marte Virtudes - Príncipe: Raphael - SolTerceira Ordem: Principados ou Autoridades - Príncipe: Haniel - Planeta Vênus Arcanjos - Príncipe: Mikael - Planeta MercúrioAnjos - Príncipe: Gabriel - Lua Ao longo desses séculos todos, estudos seríssimos foram realizados, buscando compreender a natureza dos Anjos e seu papel na hierarquia celeste, mas, por fim, esgotados em si mesmos, os pesquisadores, sem chegar a conclusões definitivas, passaram a se dedicar a assuntos menores, como tentar descobrir o sexo dos Anjos ou calcular quantos deles poderiam caber na ponta de uma agulha. Isso fez com que o assunto perdesse a seriedade merecida e os Anjos ficassem relegados a um segundo plano nas preocupações dos homens, até ressurgirem, nos últimos tempos, como grandes mediadores das relações entre Deus no céu e seus filhos aqui na Terra, trazendo de volta, inclusive, as antigas e poderosas Simpatias dos Anjos. Acreditamos que a cada dia que passa, mais forte se manifesta nos homens a presença e a ação dos Anjos. Neste século, essa presença passou despercebida o tempo todo, principalmente porque, em função das descobertas tecnológicas e das duas grandes guerras, o homem esteve muito deslumbrado ou assustado para reatar essa antiga amizade. Na Bíblia vemos como esses Mensageiros de Deus eram mandados à terra, marcando sua presença com feitos magníficos, dentre os quais se ressalta o da Anunciação, missão sublime atribuída a um Anjo para informar a Maria a vinda do Salvador do Mundo, através dela. Em outras passagens, os Anjos são mandados para proteger aqueles escolhidos do Senhor, alertando-os para que se salvassem, como no caso de Sodoma e Gomorra (Gn 19:1), quando são mandados para ajudar Lot e sua família. No Êxodo, vemos o Anjo acompanhando os judeus, em sua fuga do Egito, a mando do Senhor, base inclusive de todas as descobertas a respeito desses seres resplandecentes. Uma das mais fortes teorias a respeito dos Anjos defende que eles foram criados numa determinada quantidade e que esse número não aumentou mais. Isso significa que, ao longo de todos esses séculos, os Anjos vêm convivendo com a Humanidade e, por isso, conhecem os homens melhor do que eles próprios. Refletindo sobre essas informações, fica fácil deduzir que o papel dos Anjos é junto à Humanidade, auxiliando-a em seus momentos de perigo ou de tribulação. Podemos acrescentar ainda que, em virtude de serem tão ou mais antigos que o próprio homem, possuem o conhecimento e a sabedoria necessários para guiar, amparar e ajudar da melhor maneira, pois têm feito isso século após século, por determinação do Criador. Veja você, portanto, o que Deus, em sua Bondade e em sua Sabedoria, coloca a nossa disposição: seres perfeitos, da mais alta recomendação, para nos atender e nos dar o socorro imediato, tanto naqueles assuntos corriqueiros como nos mais importantes. Apenas o deslumbramento e o materialismo desenfreado, que veio nesse século na onda das descobertas maravilhosas que encheram os olhos do homem, desviando sua atenção de assuntos mais elevados, como o seu relacionamento com o Criador. Passado esse deslumbramento, percebemos que o materialismo vai pouco a pouco perdendo terreno, na necessidade manifesta das pessoas de encontrar uma justificativa maior para suas vidas, do que serem apenas escravos do consumo e da comodidade. Para realizar essa volta ao Criador, a Humanidade se encontra constrangida e sem saber como fazer o caminho do Filho Pródigo. Ë nesse aspecto que o papel dos Anjos assume uma importância capital, pois será através deles que essa volta a Deus se processará. O caminho é simples e sem dificuldades. Para chegar ao seu Anjo, você não precisa de malabarismo nenhum. Se ainda não sabe qual deles se colocou à disposição para acompanhá-lo à Terra e levá-lo de volta ao Criador, intermediando suas relações com Ele, nas páginas seguintes você descobrirá isso. O importante é não deixar esse conhecimento se perder e ignorar a chance que mais uma vez, talvez a última, está sendo posta em suas mãos.


Texto encontrado na Rede, sem Autor




Memórias de um Guerreiro


A Grande Guerra. Um conflito que atinge à séculos as duas raças de sombras mais poderosas de todos os planos: os Soltarianos, valorosos guerreiros da paz, e os Dauths, malignos adoradores do caos. Infelizmente, o conflito chegou a um patamar nunca antes imaginado, resultando em uma atitude desesperada: a invasão do território Dauth por tropas Soltarianas. Neste momento, na principal cidade do lado branco, no quarto de um curandeiro, repousa o corpo de um paciente. O corpo de um guerreiro Soltariano. Subitamente, penetrou no aposento um ser de indescritível magnitude, muito diferente de um simples curandeiro. Aproximou-se do corpo, visivelmente ferido, e tocou-lhe o rosto.

- Como se sente, guerreiro? Sua voz calma atenuou a sensação de dor presente até então no corpo inerte.

Os olhos do paciente abriram-se. Com nítido esforço, tentou balbuciar algumas palavras, logo impedido pela imponente figura ao seu lado. Mas contradizendo o gesto, murmurou.

- M-majestade...?

- Não, meu filho - proibiu o Imperador, com ternura, pousando seus dedos nos lábios do guerreiro. - Não tente falar. Você foi muito ferido.

O combatente obedeceu a principio. Sabia que escapara da morte. Por pouco não acabou como muitos, pelas mãos dos malditos... aqueles malditos... Eles viriam! Tinha que avisar o Imperador sobre...

- Majestade... precisa saber... eles...

- Não - disse a altiva figura do Imperador. - Mais tarde. Conserve suas forças.

- Mas... você precisa saber... meus registros...

Quando já iria dar a ordem para fazerem o combatente adormecer, essas palavras começaram a percorrer sua imaginação.

- Claro, os registros.

Retirou-se da sala, deixando-o aos cuidados de um curandeiro, e pensativo encaminhou-se para os aposentos do guerreiro, onde encontraria a confirmação do que ocorrera no conflito. Começou a percorrer as linhas dos registros. Ao avançar, crescia em seu rosto o horror de constatar uma verdade que não poderia ser escondida por muito tempo. Afinal, o mais temido dos eventos talvez se aproximava. A morte Império. A morte da civilização Soltariana. Morte por assassinato. Por milhares de anos sofremos com a chamada Grande Guerra contra os Dauths. Ambos os lados já perderam muitos de seus melhores combatentes; numa guerra, perdas são inevitáveis, mas... até quando isso durará? Nossos líderes tem conhecimento da difícil situação e finalmente decidiram tomar uma atitude. rganizaram-se milícias soltarianas de todos os tipos para o que será a atitude mais ousada de todo o conflito: a invasão do território inimigo. Mesmo sabendo dos riscos, não existe possibilidade de volta: um soltariano nunca desanima perante as dificuldades. Nossos conselheiros nunca estiveram tão inquietos. Com certeza tal acontecimento mudara para sempre a vida de nosso povo. Talvez mais do que o maior dos visionários possa imaginar... Um estranho sentimento de otimismo toma nossos guerreiros; não que eu queira ser contra meus companheiros, mas sei que a batalha que virá não será das mais fáceis. Provavelmente muitos veteranos tombarão pelo caminho; os mais jovens, talvez, nem agüentarão a simples visão das terras do lado negro. Mas, minha principal preocupação é com o resultado dessa investida - claro que desejo a vitória mas, se caso não a obtermos, nosso povo poderá ser dizimado pelos Dauths como poeira, sem nenhuma piedade. É chegada a hora. As linha de frente iniciam a condução da caravana que nos levará para nosso incerto futuro, o futuro da Guerra, imprevisível mesmo para os mais poderosos videntes. Este é o momento em que termino meus registros para rezar; a seguir abordaremos os inimigos em seu território, fazendo o melhor que pudermos. Hoje pode ser o dia em que os Soltarianos encontrarão sua paz e liberdade. Que os deuses - e a sorte - nos acompanhem... a invasão vai começar. Saiu tudo errado.

Estou muito ferido. Como acho que não tenho forças para voltar para nosso lado, tenho que cumprir com minha obrigação e registrar o ocorrido. Tudo começou muito bem. Ao entrarmos pelo território inimigo, destruíamos os poucos infelizes que atravessavam o nosso caminho. Éramos muitos, em vista das ínfimas tropas de segurança que encontrávamos pela frente. Sem nenhuma perda, o otimismo que já não era pequeno, tornou-se um incomodo para mim. Já vi muitos guerreiros afundarem em sua própria arrogância, então controlei-me, para ser talvez o único consciente dentre nossas tropas. Cada vez que íamos nos aprofundando no lado negro, os combates iam ficando mas fáceis, contrariando as expectativas dos líderes. Todos estranhavam a minha desconfiança; hoje agradeço, pois esse foi o único motivo de estar vivo até o presente momento, dado que tive o pressentimento de que alguma coisa não estava certa. Estava tudo seguindo muito bem. Concentrando-se, obtive a visão da verdade aterradora: tudo não passava de um plano para influenciar o descuido de nossas tropas e assim facilitar um ataque massivo de Dauths. Infelizmente, não fui escutado pelos comandantes e ocorreu o que eu previa. Num momento de descanso, tomado pela mágica e irreal confiança, nossos líderes decidiram que todos os membros da milícia poderiam descansar, não temendo um ataque inimigo. Mas, a confiança foi o veículo de nossa destruição - centenas de Dauths surgiram do nada, destruindo a maioria dos nossos surpresos guerreiros. Sem tempo para armar um tática de combate, nossas tropas iam se distanciando, tentando ao máximo combatê-los de igual para igual, mas não obtivemos sucesso: mais da metade de nossos homens foram mortos no campo de batalha, outros foram feitos prisioneiros, outros ainda - e eu me incluo nestes - conseguiram escapar, salvando alguns poucos combatentes. Nos retiramos para uma clareira não muito longe do ocorrido, ainda no lado negro, erro pelo qual irei culpar-me pelo resto de minha vida. No primeiro conflito consegui lutar e matar alguns malditos, pois estava alerta. Mas, após a fuga, quando achei que estávamos seguros, fui traído por minhas lembranças - "Depois da tormenta vem a calmaria" - diziam meus criadores. Acreditando nisso, descuidei-me por um breve momento, suficiente para um novo ataque Dauth. Dessa vez tive certeza que não sairia vivo, eram muitos contra apenas duas dezenas de sobreviventes. "Depois da tormenta, vem a tempestade", pensei. Talvez por obra do Destino, ou vontade dos Deuses, mesmo muito ferido, fui encoberto por um companheiro e consegui fugir, afinal, sou um bom guerreiro, mas minha principal função é a de relatar o ocorrido, qualquer que fosse, para o Império. Essa e a minha missão, e tenho que completá-la a qualquer custo. Devo tentar chegar até nosso território e cumprir essa obrigação que a mim foi confiada. Ou morrerei tentando... Ou morrerei tentando...

Essas palavras não saíram do pensamento do Imperador, que seguiu para o quarto do corajoso guerreiro, agora não para perguntar, mas para responder. A amargura de seus olhos ficou visível ao olhar novamente o ferido, agora muito mais perto de seu fim. Em um situação normal, não permitiria ao ferido esforçar-se para falar, mas abriu uma exceção.

- Majestade, como vim parar aqui? Não me recordo de nada....

Não havia mais forças. Os olhos do guerreiro encheram-se de lágrimas, como uma súplica para que seu pai lhe desse conforto.

- Provavelmente você não teve forças para continuar consciente, filho - disse o Imperador. Por sorte outro combatente das nossas forças conseguiu escapar da morte e, menos ferido trouxe você até aqui. Li seus registros, você cumpriu sua missão.

As lágrimas cessaram. Os olhos do soltariano estavam visivelmente sorrindo para seu Imperador, que via a força vital de seu filho sumindo cada vez mais rápido.

- Cumpri minha missão... mas ainda assim eles... eles virão! Majestade... o que será de nosso povo?

- Infelizmente, o nosso futuro é incerto... O Imperador parou subitamente de falar, sentindo algo sair do aposento. Um tipo de energia. A energia do valoroso combatente com quem falava a poucos instantes.

Morto. Estava morto seu mais precioso informante. Mais do que isso, era um filho que deu sua vida para cumprir sua missão. Com pesar na voz, o Monarca deu a ordem para a realização da cerimônia de despedida do corajoso guerreiro e retirou-se para seus aposentos. Seus pensamentos agora estavam ocupados no que fazer. Teria que relatar o ocorrido ao restante de seus filhos, mas não queria apavorá-los. "Estou confuso", pensou. A esperança que tinha acabou-se assim como a energia vital de seu informante, e um novo sentimento começou a brotar em seu íntimo, um sentimento que maculou sua pureza: vingança. Prometeu por tudo de mais sagrado que existe que nunca abandonaria seu povo e o protegeria de tudo que viesse. "Ou morrerei tentando...", sussurrou.

Kleber Pupo (Mestre Caolho)




Culto do Sangue


Dion Fortune não estava completamente interessada no vampirismo - culto de beber sangue para (realizar os) propósitos (de) magos negros - como ela estava na magia polarizada - o modificado tântrismo ocidental - que foi o tema real do Winged Bull (touro alado) (veja pag 130) e três de suas outras novelas. Ela era suficientemente interessada nisto, contudo, para fazer disto o assunto de uma pequena história publicada primeiro no Royal Magazine e subseqüentemente incluso numa compilação, The Secrets of Doctor Taverner, que apresenta-se de acordo com as atividades de um investigador psíquico interpretado na semelhança de (personagens como) John Silence de Algernon Blakwood e Martin Hesselius de Sheridam le Fanu. Vampirismo Ela retornou o tema do vampirismo em sua primeira novela, Demon Lover, cujo herói transforma-se num vampiro que eventualmente não está redimido, assim como um poder esperado além dessa norma característica da ficção romântica, (Dion Fortune foi) uma boa mulher com a capacidade de amor desinteressado. Em ambas, a curta história e a novela, ela mostrou ama relutância para tratar exclusivamente com elementos psíquicos, o vampirismo do folklore - o que é, beber sangue. Em lugar dela anotar um conceito eterializado do vampiro e seus motivos; ela foi tanto preocupada com o vampiro quanto foi uma criatura humana ativa em ambos os mundos, psíquico ou sobre o 'plano astral'. Que (é de onde o vampiro) extrai a força vital (Life Force), 'energia vital', a partir de seres humanos associados. Em outros mundos, justamente assim como ela alterou o foco da magia sexual do tântrismo das genitálias até as emoções, também alterou o foco do vampirismo a partir do sistema circulatório para a sutil energia psíquica que, ela acreditou, escorar o corpo psíquico. Este infortúnio - versão satanizada e diluída do folclore do vampirismo - não foi originado na própria mente inventiva dela. Ela tinha estudado isso desde seus ensinamentos ocultos, semelhantes aos do difundido ocultista J. W. Brodie Innes, que tem estado associado a (um) certo Dr. Berridge, um médico que ele encontrou na década de 1890. O vampiro em questão foi descrito por Berridge como um "prosy figetty old gentleman" cuja companhia e conversação deixava o doutor se sentindo cansado e exaurido de energia - como se ele próprio provocasse isso, (J. W. Brodie) estava sendo 'altamente vitimado', e (era como se) o inoportuno cavalheiro idoso tivesse um 'inconsciente vampiro'. Para o presente autor isto parece (que) Berridge fez um diagnóstico superior; ele próprio sentiu-se exaurido de energia depois da companhia e conversação de indivíduos como vários missionários mormon e entusiastas de computador, mas ele não fez vir a conclusão para a qual eles seriam vampiros. Energia Sexual Uma coisa, contudo, é a considerável significância da narração de Berridge sobre seu idoso vampiro; ele escreve que o homem estava planejando desposar uma jovem garota em ordem para "recuperar sua exausta vitalidade". Evidentemente, ele estava elevando a energia a tal ponto, (e agindo) assim como vampiros de natureza sexual extraem (energia) de suas vítimas. Aquele vampirismo foi conectado, de algum modo, com o processo tântrico que interessa aos iniciados do culto da serpente negra (ver pag 98). Berridge conheceu uma boa aplicação em assunto semelhante, porque ele tem uma admiração por Thomas Lake Harris, um tempo pregador tornado cultista do sexo cujos ensinamentos possuem o desenvolvimento desses ensinamentos bastante independentes de influências orientais. Vampirismo para Berridge e Dion Fortune foi concernido com a manipulação da força vital (Life Force).


Cassiel




O Sequestro misterioso


Em uma cidadezinha não muito longe do Rio de Janeiro estavam acontecendo coisas muito estranhas e me chamaram para resolver e como precisávamos de dinheiro por isso por mais estranho que o trabalho fosse tínhamos que aceita-lo e esse não foi diferente meu companheiro Paulo e eu fomos para a tal cidade e foi mais ou menos assim. Rio de janeiro dezenove de março de mil novecentos e noventa e quatro . Estávamos em mais um daqueles dias rotineiros e chatos tentando Ter algum trabalho e nada, a nossa agencia de detetives a Lucky & Paulo detetives estava indo à falência, nós já estávamos meio que desesperados e resolvemos aceitar qualquer caso, até que derrepente o telefone toca, quando atendi ouvi uma voz rouca e cansada perguntando por mim.

- Sim sou eu !

Respondi e na mesma hora perguntei.

- E quem é o senhor ?

Com a voz rouca ele retrucou.

- Não é importante quem eu sou e sim que vocês estão precisando de serviço e eu tenho e eu tenho esse serviço certo ?

- Sim mais, como o senhor sabe ?

- Há filho notícias ruins vem à cavalo !

Disse ele com um ar de deboche.

- Bom meu nome é Martin Daniel`s III, minha família mora aqui a muito tempo, eu acho no direito de contratar detetives para solucionar esse mistério.

- Sim mas, afinal que mistério é esse ?

- Não me interrompa !

Disse Martin com uma voz meio irritada.

- Continuando eu dizia que.

- Estão acontecendo coisas muito estranhas aqui em minha cidade, veja só você que andavam sumindo bois e ovelhas bichos tão grandes não é, sumiam como se virassem a própria terra, até ai tudo bem, mas derrepente começou a sumir crianças também e agora estamos nervosos e preocupados você entende ?

Perguntou Martin e eu honestamente respondi.

- Não, não entendo, mas, meu parceiro e eu vamos aí resolver ou pelo menos tentar resolver este caso.

Ele me explicou a localização da cidade e fomos para lá resolver mais um mistério. Já na rodoviária percebi que estávamos sendo observados, disfarçadamente fui a uma cabine telefônica liguei para os policiais da rodoviária me identifiquei e também identifiquei as pessoas que me observavam, mas, quando me virei eles sumiram como por encanto, foi muito estranho e ao mesmo tempo assustador porque antes eu sabia onde eles estavam, mas agora ! Entramos no ônibus e partimos para tal cidade, entre uma e duas horas de viagem paramos para comer, eu como não consigo comer nada em viagens fiquei no ônibus e percebi os dois sujeitos chegando de carro e indo atrás do Paulo no banheiro, peguei meu sobretudo e um taco de beisebol e fiz de porrete, desci do ônibus e fui correndo até o banheiro, chegando lá vi os dois espancando Paulo, peguei o porrete e bati com força na nuca de um deles e ele desmaiou na hora, o outro virou e voou para cima de mim, comecei a usar o que eu sabia de arte marcial, mas ele era invencível, rápido eu não conseguia agarra-lo de maneira nenhuma foi uma luta incrível até que Paulo pegou o bastão e quebrou na cabeça do homem e para nossa surpresa ele nem sente mas vira para cima do Paulo e ele enfia a parte quebrada do bastão no peito do homem ele começa a gritar e subir pelas paredes eu via mas, não acreditava, enquanto o outro desaparecia como fumaça e sem ao menos esperar o que estava com o bastão em seu peito caiu do teto e quando eu virei havia apenas a capa, rapidamente fomos para fora do banheiro, lá fora corremos para pegar o ônibus, ainda pasmos, prosseguimos o resto da viagem pensando naquele fato, chegando lá, fomos procurar o senhor Martin e nos informaram que a casa dele ficava no final da cidade, andamos até lá, nunca havia andado tanto em minha vida e finalmente encontramos a tal casa, era uma linda mansão, entramos e no hall lá o estava sentado em uma poltrona.

- Ah ! Então você que é o Lucky o detetive mais famoso do Rio de Janeiro !

- Bom o Lucky sou eu, mas, o famoso fica por sua conta, este é meu parceiro Paulo e ele é tão bom quanto eu por isso que eu o trago sempre.

- Sim, sim.

Disse Martin e fomos direto ao assunto.

- Então me explique senhor Martin o que realmente aconteceu e onde estão as evidencias ?

Me explicando mais detalhadamente me disse que os animais apareciam com marcas de presas em seus pescoços e o mais intrigante é que apareciam completamente sem sangue e foi aí que eu comecei a encaixar o quebra-cabeças.

- São vampiros certo Lucky!?

Em meu consciente me fiz essa pergunta em um acesso de insanidade. E quando eu repeti o que havia dito a mim mesmo, todos tiveram a mesma reação riram.

- Vampiros, essa é boa Lucky !

Disse Paulo sem querer acreditar.

- Tudo leva a isso, não Paulo ?

- Como assim ?

Perguntou Paulo, só que agora mais sério.

- Depois eu lhe explico melhor agora nós temos que ir até logo senhor Martin.

No carro, fiz Paulo juntar as peças como eu as juntei.

- Isso pode até ser !

- Mas, se for como vamos vence-los Lucky ?

- Simples vamos deixar que venham até nós, só que agora nós estaremos bem preparados.

Começamos a nos preparar durante o dia para a primeira noite que passamos naquela cidade com direito a tudo de estacas até ao próprio alho. Quando o anoitecer se aproximava meu coração asselerava e rezava para que eu estivesse enganado, esperávamos ansiosos e apavorados, Paulo veio a mim e disse.

- Lucky, vamos jurar que não iremos nos separar em nenhuma hora hoje e se um de nós for pego o outro ira fugir para bem longe daqui.

Concordei ainda que esta atitude de largar um amigo em perigo não é de meu feitio. Quando veio a noite nos escondemos em baixo da cama, cheios de medo nos assustamos com o tocar da campainha fui atender era Martin com dois seguranças.

- Posso entrar ?

Disse Martin.

- Acho melhor não, pois estamos meio ocupados agora entende.

- Bom então amanhã nós nos falamos, boa noite.

E a noite transcorreu calma sem nenhum acontecimento, no dia seguinte deixei Paulo dormindo e fui absorver mais conhecimentos sobre vampiros na biblioteca da cidade e foi aí que eu consegui matar a charada. Chegando em casa já quase noite, chamei Paulo.

- Paulo, pegue seu sobretudo algumas estacas e use um crucifixo, água benta também e vamos fazer uma visitinha a um amigo.

- Mas, não estou entendendo nada.

Disse Paulo gaguejando.

- Te explico no carro, vamos.

Entramos no carro e fomos direto a casa de Martin, bati na porta e um dos seguranças atendeu.

- Sim.

- Preciso falar com Martin urgente e diga a ele que me traga o dinheiro que já desvendei o mistério.

O empurrei e entrei na casa, fui ao hall e o vi naquela mesma poltrona.

- Já desvendei o caso senhor Martin.

- Bom, para afirmar assim você deve ter até o culpado, não é ?

- Sim, tenho e estou olhando para ele.

- Eu, isso é loucura !

- Descobri tudo.

- Ontem a noite quando o senhor foi em meu quarto, porque não entrou ?

- O senhor, um homem tão poderoso, poderia ter entrado em meu quarto sem pedir licença, mas não o fez, porque ?

- Não queria incomodar.

Respondeu furioso.

- Foi nesta hora que eu não tive mais dúvida e descobri que um vampiro não entra em uma casa sem ser convidado, pois ao ser convidado ele fica imune a todo tipo de armas contra ele.

- Sim, mas se fui eu, porque razão eu iria lhe contratar ?

- É, porque ?

Disse Paulo, mas que depressa e sem pestanejar respondi.

- Mas, é claro você me contrata, me mata e quem iria desconfiar de você ?

- Droga você é bom mesmo, mas, infelizmente terei que matar você ou então usar você para ser mais um de meus seguranças.

Corremos juntos para cima de um dos seguranças e cravamos uma estaca em seu peito, ele praticamente derreteu em nossas mãos, o outro segurou Paulo pelo pescoço e Paulo pegou uma hostia e colocou na testa do segurança, ele segurou a cabeça e começou a gritar coloquei a mão no bolso e tirei a água benta e joguei nele. Depois de ter mandado os dois seguranças para o mundo dos motos fomos atrás de Martin e o algemamos mas, sem efeito, então tivemos que mata-lo e não pense que foi fácil não, quase que morremos no último minuto a menina desaparecida pegou o pé da cadeira e pelas costas e enfiou como uma estaca, depois que ele morreu ela me pediu para que fizesse o mesmo com ela, depois de Ter enfiado uma estaca em seu peito saímos daquela cidade e até hoje penso se ele queria me matar depois que as pessoas da cidade tivessem me visto porque tentaram me matar antes de chegar, não é ?


Luiz Carlos M Alves Filho




Como tudo começou


Era uma tarde como qualquer outra , os pássaros , as pessoas , em fim tudo parecia normal ou quase tudo . Estava eu fazendo o de sempre lendo livros de terror do tipo entrevista com o vampiro e outras bobagens que gosto de ler , quando um dos meus amigos de escola Paulo , dizendo que hoje à noite íamos a velha mansão dos Remigtons fiquei nervoso na hora , mas , aceitei o convite ,passei o resto do dia pensando naquela velha e enigmática mansão ansioso em descobrir mistérios e grandes aventuras , mal sabia eu que essa seria a maior de todas as minhas aventuras de criança. Chegando a noite os quatro , que nos denominávamos de os quatro caçadores Paulo o mais velho era também o mais valente não se abatia com nada , com seu um e setenta e cinco , seus olhos que expressavam confiança e sua voz autoritária , Gordo era sempre o motivo de piadas do colégio até entrar no grupo ele era gordo e baixo comia tudo que via pela frente , seus olhos claros eram parecidos com os de Guilhermo , Guilhermo era o mais magro dos quatro , seu cabelo era comprido e loiro , e eu que era o mais palhaço e gozador de todos . Entramos na casa e ela era pior por dentro do que por fora , a poeira parecia já encorporada na mobília , de tão sujas as janelas não podíamos olhar entre elas , nos localizávamos na sala principal , até que Paulo quis subir as escadas e ir aos quartos , mas , Gordo queria continuar em baixo e procurar a cozinha e quando nos separamos não sei mais o que havia acontecido com Guilhermo e Gordo pois os dois ficaram no primeiro piso da casa . Lá em cima os quartos , eram os quartos mais sombrios que já teria visto em toda a minha vida , então fiz o que era de minha natureza brinquei .

- Paulo era essa a decoração que sua mãe queria não era ?

- Até era sim . " Disse Paulo"

- Mas, não com aquilo !

Só me lembro de ter visto um corpo pendurado, provavelmente de alguém que como nós ,veio explorar aquela maldita casa . Quando corríamos de lá escutamos os gritos dos outros dois , descemos e fomos à cozinha e encontramos muito sangue e uma das mãos de um deles não sabíamos de quem era a mão , eu apavorado só pensava em ir embora de lá , já Paulo disse palavras que me aterrorizaram .

- Agora sim nós temos a nossa aventura ! Não é ?

Eu, mesmo apavorado concordei com ele . Fomos procurar os outros dois , quase certos de não encontrar . Tivemos uma surpresa ao chegar na Segunda sala , Gordo estava sentado em uma poltrona e chorava muito . Eu perguntei a ele o que havia acontecido lá na cozinha , ele chorando muito nos amostrou seu braço e vimos que a mão que estava jogada no chão era dele , confesso que vomitei muito quando vi . Tentamos acalma-lo e colocamos umas bandagens com os panos que haviam naquela sala . Pedimos depois que ele tinha se acalmado o que teria ocorrido lá na cozinha , foi a coisa mais estranha que escutei desde então .

- Estávamos procurando algo que pudéssemos degustar ,até que abri a porta da geladeira e tinha uma mulher muito bonita dentro achei estranho ,mas, me encantei com tal beleza ela pediu que eu a ajudasse e quando estiquei a minha mão ,vocês já sabem o resto , gritei e quando virei para correr percebi que estava sozinho, não sei onde andará Guilhermo e espero que ele esteja vivo.

Depois das explicações fomos procurar Guilhermo ou o que havia sobrado dele , passamos pela sala , pela cozinha e até pelo banheiro , confesso que estava cada vez mais aterrorizado , quando estávamos passando pela entrada do sótão ouvimos vozes , paramos para escutar , me lembro como se fosse hoje .

- Vamos fazer alguma coisa para que esses pestinhas saiam daqui o mais depressa possível . E terminava com uma macabra risada .

Corríamos muito e depois de um tempo percebi que havíamos entrado em um quarto cheio de beliches e cansados , porem cheios de medo deitamos nas camas e tentamos dormir , não conseguimos , derrepente , quando virei-me dei de cara com o Guilhermo , ele só olhava para mim e tinha na mão um bilhete , acordei os outros dois e lemos o bilhete essas palavras ficaram gravadas em minha mente .

- Vocês nunca sairão daqui vivos !

Guilhermo morreria logo depois em meus braços . De os caçadores viramos os caçados , nós tínhamos que sobreviver a qualquer preço e então fizemos um juramento que não esperaríamos o outro e nem que apenas um sobrevivesse sairíamos e contaríamos essa nossa estória . Depois concordamos que o melhor era atacar e não sermos os atacados, com os mesmos olhares tivemos a mesma idéia o sotão, fomos em direção ao sotão e quanto mais perto chegavamos mais forte nossos corações batião, derrepente quando menos esperavamos a escada do sotão desceu e desceram junto com a escada dois seres horrendos tinham presas enormes olharam para mim e disseram.

- Lucky seu pai não escapou e você também não escapará você também será um de nós e não tem escapatória.

Olhei para Paulo e Gordo e corremos sem nos separar, mas eles eram muito mais rápidos do que nós e gritou que eles eram vampiros e me deu uma idéia.

- Vamos correndo lá para baixo.

- Mas, para que ?

- Não discuta e vamos logo.

- Certo Lucky você é quem manda.

Sem pestanejar descemos correndo para a sala e eu sabia que eles nos seguiriam, chegando lá pulei na cadeira e arranquei um dos pés da cadeira e arremecei no peito de um deles em cheio, Paulo teve uma outra idéia, enquanto Gordo e eu estavamos fugindo e distraindo o outro Paulo foi até o porão e pegou um garrafão de gasolina e um isqueiro, ele começou a jogar gasolina nos móveis e depois ateou fogo no sofá e a casa toda comessou a pegar fogo tentamos fugir, mas a fumaça era muito densa, o outro vampiro havia sumido e nós estavamos condenados a morrer lá, derrepente surje Guilhermo e nos agarra e pula da janela estilhaçamos os vidros e de lá para ca não me lembro de mais nada nem eu nem meus colegas. No dia seguinte acordei e disse para mim mesmo que era apenas um sonho quando me levantei liguei meu rádio amador e me comuniquei com os outros três.

- Paulo, Gordo, Guilhermo tenho que contar um sonho vanham para minha casa agora.

Quando eles chegaram em minha casa contei o que ocorreu, eles ficaram pasmos e juntos disseram que tiveram o mesmo sonho, depois disso liguei a televisão e assisti a seguinte notícia que a antiga mansão dos Remigtons havia cido queimada misteriosamente, olhamos uns para os outros e falamos que então aconteceu mesmo e nós resolvemos não falar isso com ninguém até hoje e depois que crescemos mais, resolvemos fazer cursos de investigação e montamos a Lucky & Paulo detetives, mas até hoje não sabemos que fim que levou o vampiro que também escapou do incêndio.


Luiz Carlos M Alves Filho




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